O secretário-geral da CGTP desafiou, esta sexta-feira, o Governo a apresentar medidas de combate à fraude, evasão fiscal e economia paralela.
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Arménio Carlos disse que se o Governo conseguisse recuperar pelo menos metade dos 40 mil milhões de euros que circulam na economia paralela "nós poderíamos dizer que se resolvia o problema do défice e até sobrava dinheiro para o investimento público e por a economia a crescer".
O líder da CGTP, que cumpriu esta sexta-feira uma visita ao distrito de Castelo Branco, considera por isso interessante "que o Governo, que é tão célere a bater nos trabalhadores da administração pública, não tenha até agora tomado uma medida sequer".
Questionado sobre a decisão do Governo de não atribuir tolerância de ponto na véspera de Páscoa, mantendo apenas o dia 24 de dezembro, Arménio Carlos fala em ataque à administração pública.
"O Governo continua obcecado e elegeu os trabalhadores da administração pública como os inimigos principais do país e continua a fechar os olhos aqueles que efetivamente estão a levar o país ao desastre", disse no final de um plenário com trabalhadores.
Para Arménio Carlos o problema está no modelo de baixos salários, trabalho precário e desqualificado e na falta de visão estratégica de muitos dos empresários.
A visita ao distrito de Castelo Branco começou esta manhã na Sertã, com um plenário na câmara municipal. A comitiva da CGTP deslocou-se ainda à Escola Cidade de Castelo Branco, à fábrica de confeções Dielmar, em Alcains, e regressou à cidade de Castelo Branco para um plenário na fábrica da Danone.