Os líderes da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses e da União Geral de Trabalhadores manifestaram-se esta quarta-feira convictos de uma grande adesão à greve geral de quinta-feira face aos "enormes e brutais sacrifícios" pedidos aos trabalhadores.
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Carvalho da Silva e João Proença, dirigentes sindicais da CGTP e da UGT, respectivamente, falavam à Agência Lusa à porta do centro de recolha de carros do lixo dos Olivais, em Lisboa, de onde, entre as 22 horas e as 22.30 horas, saiu apenas uma viatura, cujo condutor foi assobiado pelos colegas de trabalho.
Em frente às instalações estão algumas dezenas de elementos dos piquetes de greve das duas centrais sindicais.
A greve geral de quinta-feira foi convocada pela CGTP e UGT para contestar as recentes medidas de austeridade do Governo, nomeadamente os cortes nos subsídios de férias e Natal dos funcionários do setor público.
"Vamos ter uma grande greve", vaticinou o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, salientado que "não há alternativa" quando está em causa a dignidade, a justiça e a democracia. "Se a gente hesita, quando acorda já perdeu tudo o que tinha", vincou.
O secretário-geral da UGT, João Proença, realçou que, desta vez, "o descontentamento é muito mais geral", pelo que as expectativas sobre a greve geral são "muito fortes".
Segundo João Proença, "os sacrifícios brutais e injustificados" exigidos aos trabalhadores, pensionistas e desempregados "não vão tirar o país da crise se não houver mudanças de políticas", designadamente de incentivo ao emprego.