O presidente da Confederação Empresarial de Portugal defendeu este domingo um novo acordo de concertação, assinado por "todos os parceiros sociais, sem exceção", para que as medidas de promoção do crescimento e do emprego fossem "efetivamente cumpridas".
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"Acho que o acordo que celebrámos em janeiro de 2012 com o Governo não foi cumprido, nomeadamente no que à competitividade, ao crescimento e ao emprego respeita", disse António Saraiva, à margem do XII Congresso da União Geral de Trabalhadores (UGT), este domingo em Lisboa, que marca a saída de João Proença como secretário-geral da central sindical, passando o socialista Carlos Silva a assumir o cargo.
Para António Saraiva, "à luz do que é hoje a realidade" portuguesa, "há razões de sobra para que desejavelmente todos os parceiros sociais encontrem uma solução", no sentido de garantir que "todos os parceiros sem exceção desenhem um novo acordo social de amplo consenso", apelou.
"Aquilo que separa hoje a CGTP do acordo (que a central liderada por Arménio Carlos não assinou) não é tanto assim, porque as medidas de caráter mais social e de legislação laboral foram cumpridas. O que falta são políticas de desenvolvimento económico, de crescimento económico", defendeu, acrescentando que "esses são temas em que todos [os parceiros sociais] estão de acordo".
António Saraiva disse ainda esperar da nova liderança da UGT "a atitude de sempre: responsável, crítica e construtiva".