Confederação do Comércio e Serviços elogia acordo que liga medidas laborais às económicas
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal congratulou-se pelo facto de o acordo assinado esta quarta-feira na Concertação Social ultrapassar as questões laborais e integrar, pela primeira vez, um conjunto abrangente de medidas económicas.
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"O acordo foi bastante positivo, não só por abordar a temática do legislação laboral - que necessitava e continua a necessitar de alguns ajustes -, mas também a situação económica e de crise que vivemos", afirmou João Vieira Lopes, após a assinatura do documento que abrange "pela primeira vez, um conjunto de preocupações que a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e outros parceiros empresariais têm mostrado" em matérias da área económica.
"Gostaria de realçar que é muito importante que este acordo contenha um conjunto de medidas económicas em articulação com as medidas laborais. Neste acordo que tem 50 páginas, só dez páginas abordam questões laborais", comentou.
João Vieira Lopes destaca como medidas positivas as que estão ligadas aos custos de contexto e de financiamento, mas diz que o acordo "é pobre" no que respeita aos custos de contexto.
Particularmente positivo para o comércio é o assumir da "necessidade de um plano estratégico para o comércio".
Reconheceu que "algumas medidas tomadas para satisfazer as necessidades de correção do défice e compromissos internacionais são bastante impopulares" e considerou que a alternativa à meia hora (pacote de feriados, banco de horas, dias de férias e pontes) foi positiva porque "é transversal a toda a economia".