O indicador de confiança dos consumidores aumentou entre fevereiro e maio deste ano, contrariando o movimento descendente observado desde finais de 2009, divulga, esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística.
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O organismo refere que o aumento do indicador de confiança dos consumidores observado em maio "resultou do contributo positivo de todas as componentes, com exceção das expetativas de evolução da poupança, destacando-se as perspetivas sobre a evolução da situação económica do país com o contributo positivo mais significativo".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) adianta que o saldo das expetativas de evolução da situação financeira do agregado familiar "aumentou desde janeiro, embora de forma menos expressiva em maio, interrompendo a acentuada trajetória decrescente observada desde o final de 2009".
Em sentido contrário, a expetativa dos consumidores em relação à evolução poupança "tem vindo a diminuir desde março, depois de aumentar entre dezembro e fevereiro", indica o INE.
O instituto faz notar que, relativamente às variáveis que não integram o indicador de confiança, as apreciações sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar "retomaram a tendência negativa observada desde o final de 2009, apresentando o valor mais baixo da série".
O saldo das opiniões sobre a evolução da situação económica do país "aumentou de forma ténue em maio, mantendo-se no patamar em que se encontra desde dezembro.
O indicador de clima económico recuperou ligeiramente entre março e maio, após registar o mínimo da série, adianta o INE, acrescentando que, os indicadores de confiança da indústria transformadora e dos serviços aumentaram, observando-se uma diminuição dos indicadores do comércio e da construção e obras públicas.
O indicador de confiança da indústria transformadora "recuperou nos últimos três meses, interrompendo a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010", devendo-se ao contributo positivo das apreciações relativas à evolução dos 'stocks' de produtos acabados e das perspetivas de produção.
O indicador de confiança dos serviços "prolongou, em maio, o movimento ascendente iniciado em fevereiro, refletindo o contributo positivo de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de procura, mais significativo no último caso".
Em sentido inverso, no comércio o indicador de confiança "diminuiu ligeiramente, após ter aumentado nos quatro meses anteriores, refletindo o agravamento registado no comércio por grosso, uma vez que no comércio a retalho se observou uma recuperação".
O indicador de confiança da construção e obras públicas prolongou a tendência negativa iniciada em junho de 2008, "devido ao agravamento de ambas as componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego", refere o INE.