As contas-ordenado permitem poupar até 240 euros por ano, principalmente se forem movimentadas pela Internet, revela um estudo da Deco - Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores.
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O estudo, que será divulgado na revista "Dinheiro & Direitos" de Setembro, conclui que as contas ordenado ficam mais baratas pois, "regra geral, estão isentas de despesas de manutenção e muitas nem cobram a anuidade dos cartões".
A utilização da Internet e do telefone para movimentar a conta bancária permite uma poupança, em média, superior a 50 por cento face ao balcão, acrescenta a Deco.
O estudo abrangeu 19 bancos e, destes, seis disseram disponibilizar uma "conta para cidadãos com baixos rendimentos, ou seja, os chamados serviços mínimos bancários".
"O baixo sucesso desta iniciativa deve-se, em grande parte, ao modo como as contas estão estruturadas. Por exemplo, o diploma veda o acesso aos titulares de outras contas bancárias, excluindo muitos consumidores", salienta a Deco, que desafia o Ministério das Finanças a criar uma conta do cidadão, acessível a qualquer consumidor, com despesas de manutenção reduzidas e cartão de débito gratuito.
A Deco salienta ainda que no multibanco podem ser feitas algumas das operações da Internet "por um valor igual ou inferior ao praticado ao telefone ou balcão".
As contas-ordenado disponibilizam um crédito automático, mas a sua utilização "tem custos imediatos", salienta a Deco, com as taxas entre os bancos analisados a oscilarem entre 10,3 por cento, no Santander Totta, e 27,4 por cento, no Banif.