O crédito malparado na habitação em Setembro representava 4,9% dos empréstimos totais concedido para este fim e não os 2,7% anteriormente calculados.
Corpo do artigo
Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado esta terça-feira, pelo Banco de Portugal (BdP), a alteração resulta de uma mudança de critérios imposta pela 'troika' e que se traduz num alargamento do conceito de crédito malparado.
"O novo conceito de crédito em risco é mais abrangente do que o de crédito com incumprimento, incorporando, nomeadamente, a possibilidade dos devedores com prestações em atraso continuarem a não cumprir as suas responsabilidades de crédito, estando mais em linha com as práticas internacionais neste domínio", explica o BdP.
Com esta alteração o crédito malparado total, que era de 4,5% em Setembro passou para 6,8%.
Segmentando este valor, o BdP revela que "em Setembro de 2011, os rácios de crédito em risco situavam-se em 4,9% na habitação, 12,2% no consumo e outros fins, 8,5% nas sociedades não financeiras e 6,4% no crédito concedido a não residentes", valores que comparam com 2,7%; 9,7%; 5,9% e 3,6%, respectivamente, com os anteriores critérios.