O primeiro-ministro britânico admitiu que a relação do Reino Unido com a União Europeia mudou devido ao uso do veto sobre uma revisão do tratado europeu mas rejeitou a necessidade de um referendo.
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"Claro que isto representa uma mudança na nossa relação com a Europa mas o cerne da nossa relação - o mercado único, comércio, o investimento, o crescimento, os empregos que queremos ver - continua como estava", afirmou.
David Cameron rejeitou ainda, em entrevista à BBC, a necessidade de um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, como sugeriram alguns políticos eurocépticos. "Outros países vão assinar um tratado que tem aspectos bastante invasivos em termos de soberania", afirmou.
Mas enquanto esses países terão de decidir como aprová-lo, o governo britânico, vincou, não terá necessidade porque não aceitou o tratado.
David Cameron continua convencido de que fez "o que está certo para o Reino Unido", a propósito das garantias que queria para os serviços financeiros.
"Foi-nos oferecido um tratado que não tinha salvaguardas aceitáveis para o Reino Unido e decidi que não seria bom assinar", reiterou.
Reconheceu, a propósito das negociações que se prolongaram pela madrugada, que estar "numa sala com 26 pessoas que diziam para por de lado o interesse nacional e seguir a multidão não torna a vida fácil".
