Entre as 33 licenciaturas e os quatro mestrados integrados que constam de uma lista organizada pela Fundação José Neves, mais de 29% pertencem à área da Saúde.
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Cerca de 37 cursos em Portugal não registaram qualquer recém-diplomado em situação de desemprego em 2021, segundo um insight da Fundação José Neves (FJN), que compila dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Entre as 33 licenciaturas e os quatro mestrados integrados que constam da lista, mais de 11 (29%) pertencem à área da Saúde, cuja taxa de desemprego ronda os 1,64% e o salário médio se fixa nos 1839 euros mensais, destacando-se o curso de Enfermagem e o Mestrado Integrado em Medicina.
Com oito cursos no país com total empregabilidade está também a área de Engenharia e Técnicas Afins, na qual sobressai a licenciatura em Informática. A taxa de desemprego neste domínio aponta para os 2,05% e o vencimento médio para os 2239 euros por mês.
Segue-se Arquitetura e Construção, com uma licenciatura e dois mestrados integrados naquela lista, e uma taxa de desemprego geral de 6,71% e um salário médio de 1682 euros. Logo atrás, as Artes, com três cursos que não registaram recém-diplomados desempregados, uma remuneração média de 1499 euros e uma taxa de desemprego de 5,75%.
Por fim, o campo das Ciências Empresariais, também com três cursos com 100% de empregabilidade. Esta área regista uma taxa de desemprego de 5,37% e um vencimento médio mensal de 2164 euros.
Do conjunto de 37 cursos em Portugal continental que tiveram desemprego nulo em 2021, cerca de metade (19) pertencem a instituições localizadas na Área Metropolitana de Lisboa, evidenciando-se a Universidade de Lisboa e o Instituo Politécnico de Lisboa. Quanto à restante distribuição, sete encontram-se na região Norte, outros sete no Centro, três no Alentejo e um no Algarve.
Diz-nos o insight da FJN que 26 dos 37 cursos (70%) são do ensino público e os restantes 11 do privado, e ainda que 21 dos 37 cursos (57%) pertencem a politécnicos e 16 a universidades.