Uma eventual saída da Grécia do euro seria "suportável" para os bancos, na opinião de Thomas Meyer, chefe do gabinete de estudos económicos do Deutsche Bank, maior banco privado alemão.
Corpo do artigo
"Não seria bom, mas a Grécia é um pequeno país, e além disso os bancos já se prepararam para um corte substancial da dívida grega", disse Meyer, esta quinta-feira, à rádio pública Deutschlandfunk.
O economista alemão acrescentou que, caso os gregos votem contra o programa de ajuda da União Europeia e do FMI, no planeado referendo, "muito provavelmente" a Grécia terá de renunciar ao euro.
Para Meyer, no entanto, o futuro da moeda única não depende da Grécia, mas sim da Itália, "porque a Itália é demasiado grande para receber ajudas dos outros países".
O primeiro-ministro grego, Yorgos Papandreu, anunciou na segunda-feira a convocação de um referendo sobre o novo plano de resgate desenhado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional que poderia conduzir o país a uma saída do euro.
O presidente francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel avisaram na quarta-feira que a ajuda à Grécia ficará suspensa até à conclusão da consulta popular.
O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, convocou uma reunião urgente do Governo para hoje ao meio-dia, na sequência de críticas de ministros contra o referendo ao resgate internacional da Grécia.