Dilma diz que vitória de Graziano é o reconhecimento internacional pelos avanços feitos no Brasil
A presidente Dilma Rousseff considerou este domingo que a eleição do candidato brasileiro José Graziano da Silva para o cargo de director da FAO reflecte o reconhecimento internacional das transformações socio-económicas vividas pelo Brasil.
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"A vitória do candidato brasileiro reflecte o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socio-económicas em curso em nosso país (...) bem como o compromisso do Brasil de inserir o combate à fome e à pobreza no centro da agenda internacional", declarou a presidente.
Numa nota oficial, Dilma afirmou ter recebido a notícia com "enorme satisfação" e desejou ao brasileiro "muito êxito em sua nova missão".
No texto, a presidente destaca ainda que a erradicação da pobreza é uma meta possível de ser atingida e defende o fortalecimento das relações multilaterais como meio de aprofundar a solidariedade e a cooperação entre os povos.
A presidente brasileira, cujo governo apoiou a candidatura de Graziano desde o início, relembrou o trabalho realizado pelo candidato durante o governo de Lula da Silva, quando esteve à frente da criação do programa "Fome Zero".
"Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação, aliada às sólidas credenciais académicas e o profundo conhecimento da FAO, acumulado à frente do escritório regional da entidade em Santiago, conferem a José Graziano qualificações essenciais para o cargo que ocupará nos próximos quatro anos", concluiu Dilma Rousseff.
Graziano venceu este domingo as eleições para director-geral da FAO, em Roma, onde tomará posse a 1 Janeiro de 2012, sucedendo ao seneganês Jacques Diouf.
O brasileiro tinha como principal opositor nestas eleições para a direção da FAO o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol Miguel Angel Moratinos. A votação foi disputada, tendo o candidato brasileiro vencido, no segundo turno, com 92 dos 191 votos, contando com o apoio dos países "não-alinhados", em especial das nações do continente africano.