O ministro das Finanças afirmou que os direitos laborais dos trabalhadores do Banif após o resgate do banco "serão respeitados" e uma parte passará para o Santander Totta e outra para a sociedade veículo criada para absorver os ativos tóxicos.
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Mário Centeno, que falava aos jornalistas hoje no final do Conselho de Ministros no qual anunciou um Orçamento Retificativo para absorver o resgate ao Banif, disse que "os direitos laborais dos trabalhadores serão respeitados", sendo que "parte dos trabalhadores passam para a alçada do Santander Totta e outra parte fica no veículo de gestão de ativos" criado pelo Estado para absorver o que o Santander Totta não quis.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu no domingo que a venda do Banif ao Santander, por 150 milhões de euros, tem um "custo muito elevado", mas é a solução que "melhor defende o interesse nacional".
"Esta venda tem um custo muito elevado para os contribuintes, mas é, no atual contexto, a melhor solução que defende o interesse nacional", afirmou António Costa numa declaração ao país, no Palácio de São Bento, em Lisboa.
A declaração de António Costa aconteceu minutos depois do anúncio, em comunicado, da venda do Banif ao Santander, pelo Banco de Portugal.
A opção, disse António Costa, "foi tomada tendo em conta a proteção dos depositantes, a defesa dos postos de trabalho, a salvaguarda da economia, em particular das regiões autónomas, e a defesa da estabilidade do sistema financeiro".
E, acrescentou, "protege integralmente" todos os depósitos, "incluindo as poupanças dos emigrantes portugueses confiadas ao Banif fora do território nacional".
O primeiro-ministro explicou depois que quando o Governo tomou posse foi "confrontado com uma situação de urgência", que era "conhecida pelas autoridades portuguesas há mais de um ano".