O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse esta terça-feira estar confiante no cumprimento, pela Grécia, dos seus compromissos internacionais, após o anúncio de Atenas de um referendo ao plano de resgate europeu.
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Num comunicado comum divulgado esta terça-feira, em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, sublinham estar "plenamente confiantes no cumprimento, pela Grécia, dos seus compromissos com Zona Euro e a comunidade internacional".
Durão Barroso e Rompuy lembram ainda, no comunicado, que os líderes políticos da UE chegaram a acordo, na semana passada, sobre um novo programa financeiro para a Grécia, no valor de "cerca de 100 mil milhões de euros", para além do perdão de 50% da dívida do país.
Mas o pacote de medidas, sublinham, tem que ser aplicado em conjunto com "um programa ambicioso de reformas".
O objectivo é chegar a um nível de dívida grega de 1205 do PIB em 2020, redução que "irá aligeirar o peso sobre o orçamento grego e, consequentemente, sustentar políticas de crescimento e emprego".
"Estamos convencidos de que este acordo é o melhor para a Grécia", sustentam.
Os presidentes da Comissão e do Conselho estão em contacto com o primeiro-ministro grego, George Papandreu, e com os Estados-membros da Zona Euro.
A decisão do governo grego de submeter a referendo o acordo alcançado na semana passada em Bruxelas para salvar a Grécia da falência está suscitar várias reações de parceiros da zona euro.
O ministro do Fomento e porta-voz do governo espanhol, José Blanco, disse que esta "não é uma boa decisão para a Europa", considerando que irá "atrasar a resolução do problema da Grécia".
"Tudo o que seja atrasar a tomada de decisões prejudica o conjunto da zona euro, e como tal, também prejudica a Espanha", disse.
Por seu lado, o chefe do governo belga, Yves Leterme, considerou que o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, "carrega uma grande responsabilidade".
"Os mercados precisam de estabilidade e segurança", sublinhou, acrescentando que foi novamente criada instabilidade.