O Conselho Nacional do PEV, Partido Ecologista Os Verdes, que esteve reunido na sexta-feira e sábado, em Setúbal, está contra a "eliminação do feriado intermitente do Carnaval e de alguns feriados permanentes".
Corpo do artigo
Os Verdes consideram "insuportável que o Governo tente fazer crer que o problema do país reside no facto dos portugueses trabalharem pouco" e, por isso, determine a eliminação de feridos, afirmam, em nota distribuída à comunicação social, após a realização daquela reunião.
"A produtividade do país não se gera pela eliminação de feriados, mas sim através de uma organização de trabalho motivadora para os trabalhadores, sustentada na sua formação e na modernização do aparelho produtivo", defende aquele órgão do PEV.
Detendo-se sobre o Carnaval, Os Verdes recordam que "esta celebração é, ela própria, uma fonte de dinamização económica em diversíssimas localidades do país, a qual o Governo, por via da decisão que tomou, contribui para diminuir".
"Num período de estrangulamento económico, esta decisão "torna-se ainda mais perversa", sublinham.
O PEV manifesta-se, na mesma nota, contra as opções do governo para a "área dos transportes públicos e da mobilidade das populações", que têm provocado a "degradação do sistema de transportes".
Essa degradação resulta tanto do encerramento de transportes ("objectivo constante do designado Plano Estratégico de Transportes"), da "penalização dos trabalhadores" e do "desmantelamento com vista à privatização", como por via do seu "encarecimento para os utentes, com os níveis absurdos de aumento dos preços dos títulos de transporte", sustenta o partido.
Explicando a sua participação na manifestação de hoje, em Lisboa, convocada pela CGTP, o PEV afirma que ela constitui "uma resposta muito clara de forte contestação às políticas que estão, nitidamente, a desgraçar o país".
Há indicadores "bastante preocupantes e que se repercutem de uma forma muito directa e real na vida das pessoas, que demonstram o falhanço das políticas desenvolvidas pela troika e pelo governo português", salienta o mesmo comunicado.
As políticas do governo e da troika baseiam-se numa "austeridade crescente e sem fim à vista" e resultam da submissão aos "interesses financeiros e desinteressados no desenvolvimento real do país", sustenta o PEV.
Os Verdes defendem a necessidade de os portugueses "passarem da indignação à acção". E "é justamente sob este lema (Da indignação à acção - Os Verdes uma força de mudança)que decorrerá o próximo congresso do partido, nos dias 18 e 19 de maio de 2012, na área metropolitana de Lisboa, anuncia a mesma nota.
