A EDP já apresentou no Tribunal Administrativo a oposição à providência cautelar interposta pela Plataforma Salvar o Tua, que pretende travar a construção da Barragem de Foz Tua, disse fonte da empresa.
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Fonte da EDP confirmou hoje à agência Lusa que entregou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela os argumentos que visam contestar a providência cautelar.
Enquanto decorre o processo, as obras prosseguem na foz do Tua, na confluência dos distritos de Vila Real e Bragança.
O objetivo da providência cautelar apresentada pela Plataforma Salvar o Tua - Associação de Defesa do Ambiente é precisamente travar a construção da Barragem de Foz Tua.
Esta associação junta nove associações ambientais e uma quinta de produção vinícola.
"O nosso objetivo é muito claro, é parar esta barbaridade e este crime contra o património nacional e contra os bolsos dos portugueses", afirmou João Joanaz de Melo, representante desta plataforma.
O também dirigente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) considerou que o empreendimento hidroelétrico é "extremamente prejudicial para o desenvolvimento local, tem impactos brutais a nível do ambiente e culturais, levando à destruição da linha ferroviária do Tua.
Para além disso, coloca ainda em "risco o Douro Património Mundial da Humanidade".
A EDP já disse que o projeto está "a ser desenvolvido atendendo a todas as obrigações e recomendações de entidades oficiais nacionais e internacionais, bem como em sintonia com os anseios da população e os responsáveis da região".
A barragem começou a ser construída há dois anos, ficando a conclusão da obra adiada para setembro de 2016 por causa do abrandamento imposto pela UNESCO.