A circulação do Metro de Lisboa está parada devido à greve dos trabalhadores, que teve início às 23:30 de quarta-feira, disse à agência Lusa uma fonte sindical, adiantando que os níveis de adesão hoje de manhã "são bons".
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Em declarações à Lusa, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), que convocou a greve de 24 horas, referiu que ainda não tem números concretos sobre a adesão à paralisação, mas adiantou que "até às 07:00 eram bons".
"Até agora não tenho números concretos, mas é um facto que nas áreas operacionais, nomeadamente na tração, nas estações e na parte oficinal, ainda não entrou nenhum trabalhador", adiantou a sindicalista.
Anabela Carvalheira remeteu para mais tarde dados mais concretos sobre o turno que teve início às 05:00 e que termina às 09:00.
A agência Lusa tentou contactar fonte da empresa, mas até ao momento não foi possível.
A Fectrans convocou uma greve de 24 horas porque, segundo alega, a "administração do Metropolitano de Lisboa não dá qualquer resposta concreta às questões apresentadas pelas organizações de trabalhadores".
A empresa já admitiu que os serviços do metro vão estar parados e adiantou que a situação deve ficar normalizada a partir das 06:30 de sexta-feira.
Uma vez que não foram fixados serviços mínimos para a greve, o Metropolitano fez saber que a Carris vai reforçar algumas das suas carreiras coincidentes com os eixos servidos pelo metropolitano, designadamente a carreira 736, entre o Cais do Sodré e o Campo Grande.
"Este reforço será efetuado através da colocação em serviço de um número suplementar de autocarros, pelo que não será afetado o normal funcionamento do serviço da Carris", indicou a empresa numa nota.
Esta será a quarta greve que os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa fazem este ano, depois de três paralisações parciais, a que se somam, no ano passado, mais oito greves, cinco das quais parciais, sempre pelas mesmas razões: estão contra o que classificam como o desmantelamento da empresa (fusão com a Carris) e o ataque sistemático aos seus direitos laborais (redução ou corte de subsídios).