O metro do Porto recebeu do Estado, entre 1993 e 2010, 209 milhões de euros, cinco vezes menos do que as verbas atribuídas ao metro de Lisboa (mil milhões). A segunda fase de expansão da rede portuense, que serviria 200 mil pessoas, está na gaveta há meio ano.
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Apesar de ter garantido um razoável equilíbrio nas contas da operação (quanto à circulação dos veículos, as receitas cobrem cerca de 75 % dos custos), a empresa vive com a corda no pescoço - em Julho, precisa de 200 milhões de euros para cumprir as obrigações de um empréstimo bancário. Porque só com o recurso a crédito foi possível fazer a rede, dado o escasso apoio da Administração Central. E, ainda agora, enquanto que o Porto está a prolongar a linha Amarela, até Santo Ovídio, em Gaia, Lisboa está a construir a ligação ao aeroporto da Portela, a prolongar a linha azul até à Reboleira e a fazer obras no interface do Terreiro do Paço.
Números: para um investimento em infra-estruturas de 2,5 mil milhões de euros, a Metro do Porto recebeu, do Estado, 209 milhões de euros, entregues a título de apoio ao investimento, indemnizações compensatórias (pela prestação de serviço público), subvenções e dotações de capital. A verba foi dada ao Porto entre 1996 (quando começaram as transferências do Estado) e 2010. Neste mesmo período de tempo, o metro de Lisboa recebeu mil milhões de euros, cinco vezes mais.
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