Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo vão extinguir a atividade até ao verão. A decisão, comunicada esta sexta-feira à tarde pelo ministro da Defesa à comissão de trabalhadores, autarca de Viana do Castelo e deputados do PSD eleitos pelo Alto Minho, prende-se com as ajudas atribuídas à empresa pelo Estado, entre 2006 e 2011.
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"Temos de acautelar um plano que valorize os ativos dos estaleiros e salvaguarde a maioria dos postos de trabalho e a construção naval", disse, no final das reuniões, José Pedro Aguiar-Branco, numa alusão ao concurso público internacional que o Governo vai lançar para a subconcessão dos terrenos onde está implantada a empresa.
À saída da reunião com o governante, o presidente da câmara vianense, José Maria Costa, considerou a subconcessão "um cenário pior" que a reprivatização, afirmando-se os trabalhadores "muito preocupados" com o futuro da empresa e dos postos de trabalho. Porém, remeteriam mais esclarecimentos para o final de um plenário, previsto para o final da tarde de hoje, em Viana do Castelo.
A abertura dos concursos para a subconcessão dos terrenos e venda do ferry Atlântida segue-se ao abandono, pelo Governo, do processo de reprivatização daquele que é o maior construtor naval do país, devido às investigações da Comissão Europeia às ajudas atribuídas pelo Estado à empresa.