O Eurogrupo aprovou que os lucros feitos pelo BCE com dívida grega sejam usados como garantia do empréstimo de emergência que será concedido à Grécia nos próximos dias para evitar um novo incumprimento.
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Os ministros das Finanças da zona euro reuniram-se esta sexta-feira à tarde, por teleconferência, e acordaram "em princípio" que os lucros feitos pelo Banco Central Europeu (BCE) com dívida pública grega, referentes a 2014, sejam usados como garantia do empréstimo intercalar de 7,16 mil milhões de euros, servindo assim para evitar proteger os países de fora da zona euro de um não reembolso do montante que será emprestado.
A assistência financeira a curto prazo à Grécia será de 7,16 mil milhões de euros e virá de um empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (EFSM em inglês), no qual participam os 28 Estados-membros da União Europeia.
O designado financiamento-ponte terá uma maturidade máxima de três meses e visa satisfazer as necessidades mais urgentes da Grécia, que precisa de fazer em breve pagamentos ao BCE e Fundo Monetário Internacional, até ser aprovado o novo programa de resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade, o fundo de resgate permanente da zona euro.
O Eurogrupo deu ainda mandato à troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para negociarem com Atenas o Memorando de Entendimento, que detalhará as reformas macroeconómicas e condicionalidades associadas ao novo programa de resgate, acordado na passada segunda-feira pelos chefes de Estado e de Governo da zona euro após uma "maratona" negocial.