O Fundo Monetário Internacional desmentiu, esta segunda-feira, a existência de conversações com Roma relativamente a um plano de ajuda a Itália, contestando as informações avançadas pela Imprensa italiana.
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"Não houve discussões com as autoridades italianas acerca de um programa de financiamento do FMI", declarou um porta-voz do Fundo através de um comunicado.
Segundo o jornal italiano "La Stampa", que citava fontes do FMI, a instituição preparou um pacote de ajuda até 600 mil milhões de euros para a Itália para o caso da crise da dívida do país se agravar.
Este programa permitiria à Itália dispor de uma "janela" de 12 a 18 meses para colocar em prática um plano de redução das despesas orçamentais e encetar reformas económicas destinadas a incentivar o crescimento em vez de refinanciar a dívida, indicava o jornal, ao apontar que em estudo estava ainda uma eventual participação do Banco Central Europeu.
De acordo com o "La Stampa", o FMI garantiria este empréstimo a uma taxa entre os 4% e 6%, bem inferior à taxa obtida pelo país nos mercados internacionais para colocar obrigações da dívida, a dois e cinco anos, e que atinge os 7%.