FMI pode, no limite, saltar fora do resgate grego. Se não houver corte na dívida, então que se estenda o empréstimo até 60 anos, pede a instituição de Lagarde.
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É o primeiro grande embate entre os dois grandes credores da Grécia. Os líderes da zona euro, encabeçados pela Alemanha, rejeitam totalmente reduções no valor da dívida grega e nem sequer querem falar já noutras medidas que ajudem a Grécia a pagar.
A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país responde agora que "a dívida pública da Grécia tornou-se altamente insustentável" pelo que "cortes profundos [haircuts]" nos valores emprestados e a emprestar têm de ser uma "opção" em aberto. Se não for este o caminho, terá de acontecer outra forma de alívio, frisou bem.
O novo relatório atualizado sobre a sustentabilidade da dívida - dado em primeira mão ontem de manhã pela Reuters e do qual o Dinheiro Vivo obteve parte - admite alternativas aos "haircuts" ou às "transferências anuais para o Orçamento do Estado grego" que compensariam o facto de não haver cortes diretos no capital.