A GNR interveio, esta quinta-feira, quando grevistas tentaram bloquear a circulação de comboios na Pampilhosa (Anadia) e em Penafiel. Sindicatos acusam autoridades de "agressividade". Em Sintra e Torres Novas também houve cortes da linha ferroviária.
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Na zona da Anadia, pelas 10 horas, sindicalistas "tentaram controlar o tráfego ferroviário" e na estação da Pampilhosa quiseram travar a partida de comboios, tendo a GNR intervido "sem incidentes".
Em Penafiel, grevistas tentaram bloquear a estação de caminhos de ferro, pelas 09.12 horas, tendo agentes da GNR "rapidamente" desmobilizado a acção.
No entanto, a União de Sindicatos do Porto (USP) acusou a GNR de "agressividade", "brutalidade" e "violação da lei da greve" no parque de material circulante ferroviário de Penafiel, onde o piquete tentava acautelar a "segurança" dos equipamentos.
"A agressividade foi peremptória por parte do sargento, que usou da violência, sobrecarregando com agressividade este piquete de greve", acusou Dário Carvalho, dirigente da USP e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.
O sindicalista encontrava-se no parque de Penafiel na altura dos incidentes e diz também ter sido vítima da "brutalidade, arrogância e agressividade total" do elemento da GNR que tentava "impedir o piquete de greve de exercer as suas funções".
Dário Carvalho explica que, na altura dos incidentes, o piquete tentava impedir que os comboios saíssem do local, por considerar que não estavam garantidas as condições de segurança para a sua circulação.
O piquete de greve conseguiu filmar algumas imagens, onde se vê um homem à paisana a empurrar alguns elementos que se encontravam no local. "Nas imagens é notória a postura de um sargento e não é nada digno do seu estatuto ter a brutalidade, a arrogância, a agressividade total que teve", observa o sindicalista.
A GNR já tinha intervido em dois casos de pessoas que cortaram a circulação dos comboios, em Torres Novas e Sintra, em protesto contra a circulação em dia de greve geral.
Os cortes de linha aconteceram pelas 08.25 horas, com "populares a colocarem-se na linha de comboio e a impedirem que as composições ferroviárias circulassem", relatou fonte policial.