O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disseesta terça-feira que o governador do Banco de Portugal (BdP) temeu a 01 de agosto uma fuga de informação referente ao BES, pedindo a suspensão da negociação das ações.
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"O governador contactou-me às 15:12 dizendo apenas que receava que houvesse uma fuga de informação", declarou Carlos Tavares na comissão de inquérito à gestão do caso BES e Grupo Espírito Santo (GES).
Carlos Costa, governador do BdP, havia dito na sua audição no parlamento, na segunda-feira, que tinha ligado a Carlos Tavares nessa tarde de 01 de agosto, sexta-feira - dois dias antes de conhecida a medida de resolução para o BES -, pedindo a suspensão da negociação das ações do BES.
Nesse dia o banco bateu um novo mínimo histórico, descendo até aos 0,105 euros, uma queda de quase 50%.
A comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES arrancou na segunda-feira e no total serão ouvidas cerca de 130 personalidades ligadas direta e indiretamente ao assunto.
Carlos Tavares, a ser ouvido desde as 15:00, é a segunda personalidade que presta hoje esclarecimentos, depois do presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), Carlos Almaça, ter estado no parlamento hoje de manhã.