O ministro da Solidariedade e da Solidariedade Social, Pedro Mota Soares, afirmou este domingo que o Governo mantém "disponibilidade total" para dialogar com os parceiros sociais e elogiou "o sentido de compromisso e de responsabilidade" da UGT na concertação social.
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Mota Soares, que falava aos jornalistas à margem do XII Congresso da União Geral de Trabalhadores (UGT), que terminou este domingo em Lisboa, escusou-se a responder às duras críticas que foram feitas pelo novo secretário-geral da central sindical, Carlos Silva, elogiando apenas o diálogo social existente em Portugal.
No discurso de tomada de posse, Carlos Silva considerou "inaceitável" a posição do Governo relativamente aos parceiros sociais, afirmando que "o diálogo social não pode ser apenas formal".
"Portugal tem hoje um grande ativo, que é o facto de ter conseguido fazer muitas reformas, nomeadamente, no setor laboral, em concertação social. Isso é um ativo internamente, mas também é um ativo no plano externo, porque demonstra o sentido de compromisso e de responsabilidade que hoje existe em Portugal e eu sei que a UGT foi essencial para, sempre defendendo os trabalhadores que representa, conseguirmos essa concertação social", disse o governante, ladeado pelo secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, ex-dirigente sindical da UGT.
Interrogado sobre que medidas vão ser apresentadas na terça-feira, em Conselho de Ministros, Mota Soares não concretizou, dizendo apenas que vão ser discutidas "medidas que têm a ver com o crescimento, com a reindustrialização e com a geração de mais emprego".