Governo espanhol recusa comentar notícias de que vai pedir resgate sábado

Fonte do Governo espanhol, que não quis confirmar ou desmentir a notícia, disse à Lusa não haver "informações novas" depois das declarações de quinta-feira do presidente do Governo, Mariano Rajoy.

"Não há nada de novo a informar", disse a fonte, escusando-se a confirmar se o assunto está ou não a ser analisado na reunião de hoje do Conselho de Ministros.

A imprensa espanhola refere hoje, nas suas edições online e citando uma agência de notícias, que Espanha poderá formalizar o seu pedido de ajuda ao setor bancário este fim-de-semana depois de uma reunião dos ministros da Economia do Eurogrupo.

Notícias que citam duas fontes "sénior" europeias e uma fonte alemã que garantem que os detalhes do resgate ao setor bancário serão analisados na reunião.

Esta informação, a confirmar-se, contradiz as declarações de quinta-feira do presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que disse em conferência de imprensa que qualquer decisão só será tomada depois do Governo receber os resultados de uma auditoria ao setor.

Nos últimos dias a imprensa espanhola tem dado como certo o pedido de ajuda, com um intenso debate sobre a dimensão do pacote de apoio, que poderia oscilar entre 40 e 100 mil milhões de euros.

Rajoy escusou-se a comentar os números, afirmando que prefere aguardar pelos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) - conhecidos na segunda-feira - e pela auditoria independente solicitada às consultoras Roland Berger e Oliver Wyman pelo próprio executivo (previsto para a segunda metade de junho).

Na segunda-feira deverá também ser conhecido os detalhes de como os bancos espanhóis preveem cumprir as novas regras de provisões com base na reforma financeira aprovada no dia 11 de maio.

Na conferência de imprensa Rajoy referiu ainda que os dados oficiais apenas seriam revelados após serem conhecidos os estudos do FMI e dos avaliadores independentes, garantindo que a partir dessa ocasião adotará as medidas oportunas.