A última proposta apresentada à Grécia pelos credores em troca de reformas e esforços orçamentais "não pode ser aceite" dado que contém medidas "recessivas" e um programa de financiamento de cinco meses considerado "insuficiente", declarou hoje fonte governamental grega.
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"A proposta das instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) ao governo grego era para legislar imediatamente sobre medidas profundamente recessivas (...) como condição para um financiamento de cinco meses, o que é de todo insuficiente", afirmou o governo grego numa nota.
De acordo com o que foi divulgado, a proposta das instituições previa um prolongamento por cinco meses do programa de assistência financeira à Grécia e um pacote de pelo menos 12 mil milhões de euros a pagar em quatro prestações até novembro por europeus e FMI.
A nota do governo grego confirma em detalhe esta proposta que prevê um pagamento de emergência a Atenas de 1,8 mil milhões de euros para permitir que o país faça o pagamento ao FMI de mais de 1,5 mil milhões de euros que vence na terça-feira, mas antes o acordo teria de ser aprovado no Parlamento grego.
Parte dos 12 mil milhões seria paga em função da aplicação das medidas aprovadas.
"É evidente que a proposta das instituições, mesmo sem ter em conta as medidas recessivas e socialmente destrutivas que prevê, deixa um buraco financeiro significativo para o período de prolongamento por cinco meses (do programa de assistência) e ainda mais preocupante, levaria a uma nova negociação difícil, e um novo memorando (de austeridade) no fim do ano", afirmou fonte governamental grega.