O ministro da Economia e Mar recusou, num debate sobre a privatização da Efacec, fornecer números sobre o negócio feito com a Mutares para não "contaminar" o processo de privatização, pedindo sentido de Estado aos deputados.
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O debate de urgência foi requerido pelo PSD que pretendia mais esclarecimentos sobre os números que envolveram o negócio. Do lado do Governo, António Costa e Silva sublinhou que a Efacec é "uma grande empresa tecnologia do país e deve ser acarinhada, emprega 2500 trabalhadores", remetendo esclarecimentos para mais tarde.
"Quaisquer números que se revelem num processo desta delicadeza podem contaminar o próprio processo. Tenham sentido de Estado, não ponham em causa este negócio. Estaremos cá para prestar todos e quaisquer esclarecimentos", afirmou o ministro da Economia e do Mar.
Sobre a proposta do fundo alemão Mutares aprovada pelo Governo, em Conselho de Ministros, na passada quarta-feira, para a privatização da Efacec, António Costa Silva salientou a "credibilidade e sustentabilidade" da empresa, sendo este o projeto com mais "qualidade e sustentabilidade", garantindo que é a proposta que dá mais "conforto" quanto ao futuro da Efacec.
O ministro disse ainda que a privatização da empresa só não aconteceu antes devido à "pandemia": "É muito difícil fazer a privatização da empresa num tempo de colapso da economia global", afirmou.