A oferta de locais para carregar baterias de carros elétricos vai expandir-se nos próximos dois meses. Os postos de carregamento rápidos (PCR) vão triplicar e a disponibilização do equipamento ganhará novos espaços dentro de parques de estacionamento, disponíveis, por exemplo, em grandes superfícies.
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O secretário de Estado Adjunto da Mobilidade, José Mendes, adianta que em meados de março serão divulgados os novos incentivos, destinados a apoiar a instalação de PCR, com os quais se espera poder alargar a oferta em cem novos locais. "Trata-se de uma linha de apoio à infraestrutura, de 50%, ou no máximo de 15 mil euros, e é uma base para apoiar as primeiras iniciativas", que terão disponível um fundo de 1,5 milhões de euros. "Estimamos poder reforçar a oferta em mais cem carregadores. O que significa que vamos quase triplicar a oferta de PCR no país", referiu.
Há 61 postos
Os postos rápidos - 61 neste momento, segundo o governante - são os preferidos dos utilizadores porque conseguem, em cerca de 30 minutos, recarregar em 80% uma bateria. Nos postos semirrápidos é preciso, pelo menos, em média, duas ou três horas; e nos ditos normais, pode ser preciso cinco ou mais horas, consoante a exigência do equipamento. Recorde-se que, desde 1 de novembro, a energia passou a ser cobrado nos postos rápidos, mantendo-se por explorar comercialmente nos básicos.
A outra medida, que abre o mercado dos carregadores (rápidos ou não) aos parques de estacionamento, pretende facilitar o dia a dia dos utilizadores de elétricos. "Enquanto se vai ao centro comercial, deixa-se o carro a carregar", afirma José Mendes, sublinhando a grande vantagem de o utilizador poder carregar a bateria enquanto está noutros afazeres. "E como há parques de estacionamento em todas as cidades e vilas do país, as oportunidades de carregamento vão expandir-se", acredita.
Cobrar nas superfícies
Até aqui, as grandes empresas que forneciam este tipo de serviço faziam-no de forma gratuita, por cortesia, aos clientes. A partir de 1 de abril - data inaugural da expansão - podem cobrar. Esta possibilidade pretende dar resposta às muitas abordagens e apelos feitos pelos gestores destes espaços comerciais, interessados em constituir-se como empresas de postos de carregamento, revela.
"Vamos multiplicar as oportunidades de carregamento. Não podemos prever como este setor vai crescer, mas acreditamos que vai revolucionar a oferta". Estes carregadores ficam ligados à rede pública MOBI.E e o pagamento far-se-á nos mesmos moldes, recorrendo ao contrato estabelecido com um fornecedor de energia.
José Mendes adianta que nos primeiros dois meses do ano triplicou a venda de veículos elétricos em Portugal, comparando com período homólogo do ano passado.
Autoestrada
Serão 40 os postos de carregamento rápidos (PCR) existentes nas autoestradas nacionais. Só na A1 existem seis. Os restantes estão nas principais cidades do país.
Gratuita
Os postos de carregamento normal (PCN) continuam a não ser cobrados, mas a comercialização está prevista acontecer ainda durante este ano. Com o pagamento espera-se melhor serviço. Muitos estão inoperacionais.