O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, está a preparar uma "ofensiva de verão" para melhorar a imagem do país juntos dos credores internacionais, acelerando as privatizações e avançando com mais medidas de austeridade, informa hoje a imprensa local.
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Segundo o jornal diário Kathimerini, Samaras dispõe de 40 dias para convencer os representantes da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) a aprovarem a libertação de uma tranche de 31 mil milhões de euros, no âmbito do plano de resgate de 130 mil milhões de euros, aprovado em fevereiro último.
O primeiro pilar desta estratégia do Governo helénico passa por avançar já com mais medidas de austeridade, inicialmente previstas para 2013, e que passam pela redução das pensões e dos salários dos funcionários públicos.
De acordo com o mesmo jornal, um segundo pilar passa pela aceleração do processo das privatizações, uma medida exigida pelos credores internacionais desde o primeiro resgate à Grécia.
Até ao momento, o Executivo helénico ainda não vendeu uma única empresa pública, o que tem causado alguma irritação junto dos representantes da 'troika' internacional.
Neste sentido, Samaras avança o quanto antes com a privatização da empresa pública de apostas e de lotarias, bem como o terreno do antigo aeroporto internacional de Atenas, em Helinikon.
O terceiro pilar desta "ofensiva" do primeiro-ministro grego passa por adotar no parlamento, com caráter de urgência e ainda em agosto, as fusões de 200 organismos públicos.
Samaras quer ainda mudar as disposições da lei sobre os investimentos para atrair capitais estrangeiros. Pretende, igualmente, libaeralizar uma série de profissões, como os camionistas, taxistas, farmacêuticos e notários.
Uma vez dados todos estes passos, o primeiro-ministro grego tenciona reunir-se com a chanceler alemã, Ângela Merkel, e com o presidente francês, Fraçois Hollande, a quem pretende apelar para prolongar o período de ajustamento do país.