A concretização da greve dos maquinistas da CP nos dias 23, 24, 25 de Dezembro e 1 de janeiro terá um prejuízo de cerca de 2,5 milhões de euros, o que "agrava a situação de tesouraria já frágil da empresa".
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A porta-voz da CP - Comboios de Portugal, Ana Portela, disse à Lusa que "a primeira estimativa aponta para uma perda de receitas de 2,5 milhões de euros", adiantando que "vem agravar a situação de tesouraria [da transportadora ferroviária] já muito difícil".
"Esta perda de receitas vai afectar a capacidade de fazer pagamentos em Dezembro, nomeadamente a fornecedores, aos trabalhadores, ao fisco e à segurança social", declarou, referindo que as consecutivas paralisações "põe em causa o serviço público não só no imediato, mas também no médio e longo prazo, porque esta inconsistência afasta as pessoas".
O Sindicato dos Maquinistas entregou um pré-aviso de greve que abrange os dias 23, 24, 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, bem como as horas extraordinárias até ao final do próximo mês, alegando que a administração está a realizar processos disciplinares ilegais.
O sindicato que representa os maquinistas da CP decidiu marcar esta greve alegando que a administração da empresa, "ao arrepio do acordo assinado, em que sanava todo o conflito e criava as condições para a paz social na empresa, desencadeou de forma absurda, sem justificação e de forma ilegal procedimentos disciplinares", explicou à Lusa o presidente do sindicato, António Medeiros.