O Conselho Nacional da CGTP aprovou, ontem, quinta-feira, por unanimidade a realização de uma greve geral a 24 de Novembro, convidando à participação de todos os sindicatos. A UGT já respondeu dizendo que apoiará sempre "por motivos concretos".
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A data de 24 de Novembro para a realização da greve geral foi escolhida por não coincidir com a cimeira da NATO em Lisboa e ao mesmo tempo acontecer antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2011 na Assembleia da República, uma vez que foram as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo na quarta-feira que desencadearam a reacção da central sindical.
O Conselho Nacional aprovou, também por unanimidade, uma resolução em que é exigido o cumprimento do acordo tripartido que prevê que o Salário Mínimo Nacional seja fixado nos 500 euros em Janeiro próximo.
Esta será a sexta greve geral da CGTP, sendo que a anterior foi em 2003, contra as alterações da legislação laboral.
Confrontado com esta possibilidade o secretário geral da UGT, João Proença, afirmou que "num quadro de contestação, estamos abertos a todas as formas de luta, por motivos concretos, mas não contra um Governo eleito democraticamente".
Para além da greve geral, a CGTP e a UGT condenaram ontem as medidas de austeridade para a consolidação das contas públicas.
Carvalho da Silva classificou as medidas do Executivo como uma "injustiça" e uma "humilhação", dizendo que "por este caminho, o país vai ao fundo". "Estamos debaixo de um processo de chantagem dos agiotas internacionais que tentam humilhar os países", sublinhou, acrescentando que as medidas anunciam a "destruição de emprego".
João Proença disse que as medidas anunciadas "são um ataque brutal aos trabalhadores, pensionistas e o emprego" e ameaça não assinar o Pacto para o Emprego. Diz ainda que com este pacote o Governo "assume a incompetência na gestão da Administração Pública".