Governador do Banco de Portugal considera que serão necessárias novas medidas para reduzir o défice, admitindo que poderá ser preciso aumentar os impostos indirectos.
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"A redução do défice orçamental implicará novas e difíceis medidas de contenção da despesa e presumo eu, nos próximos anos, alguns aumentos de impostos indirectos", afirmou Vítor Constâncio numa conferência promovida pela Antena 1 e Jornal de Negócios.
O governador do Banco de Portugal considerou ainda que o Estado tem de agir "com grande rapidez e grande determinação" e que apesar de se tratarem de escolhas políticas, "o ponto de partida é agora mais difícil para se chegar a 2013 com um défice inferior a 3 por cento".
Vítor Constâncio perspectivou que, devido ao actual momento das contas públicas, "alguma coisa também tenha que ser feita do lado da receita".
"Seria mais grave um aumento dos impostos directos (...). Não podemos esperar tudo da evolução da economia. Tem de haver novas medidas, contenção da despesa e ao mesmo tempo, mas como digo, depende da escolha que o Governo fizer, podemos esperar algum aumento dos impostos indirectos".