O plano de apoio à Grécia gerou algumas incertezas ao longo do dia de ontem, facto que levou, por exemplo, a bolsa portuguesa à maior quebra (-3,17%) desde 4 de Fevereiro e a bolsa grega a perder mais de 2%.
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A chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a dizer que queria ver primeiro um plano credível de consolidação orçamental e medidas mais duras. Não só as bolsas se agitaram como o diferencial entre os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos entre a Grécia e a Alemanha atingiram um valor recorde de 6,32%.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgan Schaeuble, revelou que a ajuda financeira solicitada pela Grécia será disponibilizada até 19 de Maio, mas o comissário europeu dos assuntos financeiros, Olli Rehn. não especificou o dia, limitando a dizer que será nos inícios do próximo mês.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, foram ontem unânimes na opinião de que a Europa tem de agir contra os especuladores que procuram beneficiar dos problemas financeiros da Grécia.
Exemplo da especulação criticada por Barroso e Sarkozy foram os juros da dívida grega que, a dois anos, ficaran muito próximos dos 13%, com o "spread" a superar já os 1200 pontos face às "bunds". O juro das obrigações do Tesouro português a 10 anos superou ontem, pela primeira vez desde Julho de 2002, a barreira dos 5%.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu ontem, no Luxemburgo, que a implementação rápida do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) é a melhor forma de acalmar a actual agressividade dos mercados em relação a Portugal.
Wall Street Journal (WSJ), Bloomberg, Reuters e CNBC eram alguns dos sites que davam ontem destaque às dúvidas sobre se Portugal é capaz de resolver os seus problemas No caso do WSJ, a opinião é de que Portugal está numa posição mais favorável do que a Grécia.