A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 3,7% em agosto, mais 0,6 pontos percentuais do que em julho, segundo a estimativa rápida avançada, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Corpo do artigo
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 3,7% em agosto de 2023, taxa superior em 0,6 pontos percentuais à observada no mês anterior", refere o INE.
O instituto estatístico refere que esta aceleração "é essencialmente explicada pelo aumento de preços registado nos combustíveis".
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 4,5% (4,7% no mês precedente).
Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos "ter-se-á fixado em -6,5% (-14,9% no mês precedente)", enquanto a do índice referente aos produtos alimentares não transformados "terá diminuído para 6,5% (6,8% em julho)".
Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido de 0,3% em agosto (-0,4% em julho e -0,3% em agosto de 2022).
No que se refere à taxa de variação média nos últimos 12 meses, é estimada em 6,8%, contra 7,3% registados no ano acabado em julho.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 5,3% em agosto, que compara com 4,3% no mês precedente.
Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de agosto de 2023 serão publicados a 12 de setembro.
Inflação mantém-se estável nos 5,3% na zona euro
A taxa de inflação anual na zona euro manteve-se em agosto estável face a julho, nos 5,3%, mas abaixo dos 9,1% homólogos, segundo uma estimativa rápida publicada pelo Eurostat.
A componente da alimentação, álcool e tabaco é a que deverá registar a maior taxa de inflação homóloga em agosto (9,8%, face aos 10,8% de julho), seguindo-se a dos serviços (5,5%, que se compara com 5,6% de julho), a componente dos bens industriais não energéticos (abrandou de 5,0% para 4,8%) e a da energia regista pelo quarto mês consecutivo uma inflação negativa: -3,3%, face aos -6,1% de julho.
A taxa de inflação 'core' (subjacente), que não tem em conta o impacto dos produtos alimentares transformados e a energia, recuou para os 6,2%, face aos 6,6% registados em julho.
As maiores taxas de inflação - medidas pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC) foram registadas na Eslováquia (9,6%), Croácia (8,5%) e Áustria (7,5&) e as menores na Bélgica e em Espanha (2,4% cada), em Chipre (3,0%) e Finlândia, Grécia, e Países Baixos (3,4% cada).