A subida das taxas de juro está a levar cada vez mais portugueses a recorrer a intermediários de crédito para contrair, transferir ou renegociar o empréstimo da casa. Eis o que precisa saber.
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O que são intermediários de crédito?
Os intermediários de crédito são pessoas ou empresas que fazem a ponte entre o consumidor e as instituições de crédito, como os bancos. O intermediário não concede o crédito, mas consegue as melhores condições tendo em conta que conhece o mercado.
Que serviços prestam?
Vão desde a simples consultoria, passando pela preparação de todo o processo e, nalguns casos, celebram o contrato em nome da instituição de crédito.
Que tipos de intermediários existem?
Há três tipos: vinculado, não vinculado e acessório. O vinculado trabalha associado a uma ou várias instituições de crédito e presta um serviço gratuito para o consumidor. O não vinculado não está associado a bancos e é pago pelo consumidor. O acessório é geralmente ligado a uma empresa que vende bens ou serviços que só é intermediário com o objetivo de vender o bem ou serviço em causa. É comum que um stand de automóveis seja intermediário acessório.
Quem paga ao intermediário?
No caso do intermediário não vinculado, é o cliente. Na esmagadora maioria dos casos (vinculados e acessórios), o serviço é gratuito para o consumidor e o intermediário recebe uma comissão que é paga pela instituição de crédito que recebe o cliente. Ou seja, se transferir o seu crédito, não paga nada e o intermediário é pago pelo banco de destino.
De quanto é a comissão?
Não há uma tabela definida e depende do contrato que o intermediário estabelecer com a instituição de crédito com que trabalha. Os valores de referência do mercado são 1,5% do lucro do banco com a operação de crédito à habitação contratualizada e ligeiramente superior, até 8%, no crédito ao consumidor.
Quais os requisitos para se ser intermediário?
É obrigatório ter nacionalidade de um país da União Europeia, domicílio profissional em Portugal, seguro de responsabilidade civil, certificação em comercialização de crédito e/ou certificação em intermediação, e avaliação positiva no questionário de idoneidade onde são perguntados aspetos do registo criminal, motivos de despedimentos anteriores e eventuais processos de insolvência.