O ex-administrador executivo do BES Joaquim Goes revelou, esta segunda-feira, que a equipa de gestão de Ricardo Salgado decidiu atuar junto do BES Angola para reduzir o rácio de crédito sobre depósitos e alargar a rede de balcões.
Corpo do artigo
"Nós considerámos que Angola tinha que ser alvo de uma política especial. Daí, ter-se enviado uma equipa de gestão nova, com um plano de negócios diferentes", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso Banco Espírito Santo (BES)/Grupo Espírito Santo (GES).
"A alteração estrutural no rácio de créditos sobre depósitos não acontece em pouco tempo. E o aumento da rede de balcões também não se faz num ou em dois anos", sublinhou Joaquim Goes, considerando que esse "era um caminho para correr com tempo".
Ora, tempo foi algo que faltou ao BES para implementar essa política de reestruturação do BES Angola (BESA), defendeu Goes, tentando justificar a situação complicada que aquela operação do BES atingiu, que levou à intervenção do Banco Nacional de Angola.