Os juros da dívida em Portugal seguem, esta segunda-feira, a subir a dois anos, caem na Grécia no mesmo prazo e na Itália atingem máximos históricos nos 5,010%, depois da desilusão do último leilão de dívida italiano.
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Os analistas referem que os investidores estão "atentos e preocupados" com a evolução dos juros da dívida soberana italiana e com "os aspectos técnicos e forma como vão ser concretizadas" as medidas acordadas na última Cimeira Europeia.
Pelas 09.37 horas, os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos portugueses a dois anos estavam a subir para os 18,383%, acima dos 18,159% da média da sessão de sexta-feira, enquanto o 'spread' face à dívida alemã (referencial para a Europa) se fixava em 1.782 pontos base.
Por sua vez, na maturidade dos cinco anos, a taxa de juro negociada no mercado secundário, subia dos 14,513% de sexta-feira para 14,536% esta segunda-feira de manhã. O 'spread', neste prazo, situava-se nos 1.329 pontos base.
Já nos 10 anos, os juros também subiam para os 11,824%o (face aos 11,803% na sexta-feira) com o 'spread' nos 969,5 pontos base.
No caso da Itália, no prazo a dois anos, registava-se a mesma tendência de subida do que a verificada ao nível da dívida pública portuguesa, com os juros a atingirem máximos recorde históricos nos 5,010% (contra 4,750% de sexta-feira).
A cinco anos, os juros da dívida italiana, no mercado secundário, negociavam a subir para 5,899% (5,750% na sexta-feira), enquanto que a dez anos, os juros avançavam dos 6,023% de sexta-feira para os 6,140%.
Ao contrário da Itália e de Portugal, os juros da dívida soberana helénica estavam a cair a dois, cinco e dez anos, situando-se nos 78,511%, 28,030% e 23,07%o, respectivamente.