Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois e dez anos estão hoje a descer, ao contrário dos juros a cinco anos, que negoceiam nos 10% na véspera da chegada do FMI.
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No prazo a cinco anos, a taxa negociava acima dos 10%, acima dos 9,980% a que negociava na sexta-feira, atingindo o 'spread' face à dívida alemã os 717,7 pontos base, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
Já os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida soberana portuguesa a dois anos negoceiam hoje em média nos 9,126%, ligeiramente abaixo 9,127% de sexta-feira. O 'spread' face à dívida alemã chegava aos 719,8 pontos base.
A taxa a dez anos seguia igualmente a cair nos 8,659%, abaixo dos 8,663% a que negociava na sexta-feira, e o 'spread' face à dívida alemã tocava nos 516,2 pontos base.
Os juros seguem esta tendência na véspera da entrada em Portugal de especialistas da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para debater o plano de resgate de Portugal, que poderá chegar aos 80 mil milhões de euros.
Esta "missão de avaliação" técnica destina-se a preparar as negociações ao nível político entre a troika (União Europeia, BCE e FMI) e os partidos políticos portugueses, que arrancam dia 18 de Abril.
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou no domingo, no congresso do PS, que o Governo vai garantir o acompanhamento da oposição nas negociações do pedido de ajuda externa.