Uma cancela numa passagem de nível na linha ferroviária do porto de Aveiro desce e levanta de forma autónoma quando o comboio passa, enquanto uma câmara transmite imagens para o condutor. Através de um telemóvel é possível acompanhar o funcionamento de uma prensa na Bosh.
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Estas são duas das experiências que o novo laboratório dedicado ao 5G e à Inteligência Artificial, 5GAIner, inaugurado esta terça-feira na Universidade de Aveiro (UA), tem em mãos. E mostram as aplicações que esta tecnologia permite desenvolver para ajudar as empresas, sublinhou Rui Aguiar, diretor do laboratório, defendendo que Portugal tem de "ter capacidade de experimentar e mostrar o que a tecnologia pode fazer", sob pena de "ficar para trás".
O laboratório, que surge graças a uma parceria entre a UA, o seu Instituto de Telecomunicações (IT) e a Huawei, pretende apoiar a indústria na criação de soluções, assegurando a transição digital. Funciona em instalações do IT, no campus universitário.
Atrair investimentos
Este "novo polo de experimentação tecnológica", adiantou Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na cerimónia de inauguração, pode ajudar a reforçar o "posicionamento de Portugal" no mundo. É um "sinal" de que o país está disponível para "colaborar e atrair empresas e investimentos".
E uma "prova" de que são infundadas as "críticas" de que a academia e as empresas estão "de costas voltadas", assegurou José Carlos Pedro, diretor do IT, adiantando que a estrutura já apoia quatro projetos de investigação e atraiu duas empresas. São indústrias que estão "empenhadas" na transição digital, de forma a "melhorarem a eficiência e qualidade" das suas operações.
O CEO da Huawei Portugal, Tony Li, disse acreditar que a infraestrutura permitirá desenvolver novas investigações e "casos de estudo locais".
Paulo Jorge Ferreira, reitor da UA, mostrou-se feliz com a infraestrutura, que considerou muito "valiosa" para o "avanço da investigação" e "enriquecimento da formação".