Os líderes da CGTP, Arménio Carlos, e da UGT, Carlos Silva, cumprimentaram-se na manhã desta quinta-feira junto à Autoeuropa, em Palmela, naquela que foi a primeira iniciativa das respectivas centrais sindicais neste dia de greve geral.
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Em comum, os líderes das duas centrais sindicais, deixaram a convicção de que esta será uma jornada de luta com elevada adesão dos trabalhadores portugueses, quer do setor público, quer do privado.
"Espero que o Governo entenda que não pode continuar a governar contra as pessoas", sublinhou Caros Silva, líder da UGT.
Já Arménio Carlos comentou as declarações de Passos Coelho, no sentido da continuação das atuais políticas, destacando "que quanto mais austeridade, mais contestação vai ter".
"O primeiro ministro está cada vez mais isolado e tem medo de eleições, porque sabe que se for a eleições vai sofrer uma derrota copiosa", referiu o líder da CGTP.
Também de passagem pela Autoeuropa, o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, cumprimentou os trabalhadores e abraçou Arménio Carlos. "Esta vai ser uma das maiores greves gerais de sempre neste país", disse o bloquista.
"Esta é a prova de que o país se levanta em defesa do trabalho, de uma segurança social justa e do serviço público", disse o co-líder do BE.
João Semedo, comentou, ainda, as palavras de Pedro Passos Coelho, que disse, no Parlamento, que não vai mudar de rumo. "Não conheço nenhum primeiro-ministro que nas vésperas da demissão admitisse que ia ser demitido", disse.
"Este governo está demitido. Pedro Passos Coelho vai ter de se demitir", acrescentou João Semedo.