O HSBC, o maior banco europeu, comprou, esta segunda-feira, a filial do banco Silicon Valley (SVB) no Reino Unido por pouco mais de um euro.
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O negócio do banco britânico foi confirmado pelo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.
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O colapso do SVB é considerado um dos mais importantes desde a crise económico-financeira de 2008.
O banco que colapsou no final da semana passada tinha ativos de 209 mil milhões de dólares (196 mil milhões de euros).
A FDIC - Federal Deposit Insurance Corporation - comunicou, esta segunda-feira, que todo o dinheiro depositado no banco estaria disponível.
O Silicon Valley Bank anunciou falência na sexta-feira e o Signature Bank também fechou depois, mas, entretanto, a Reserva Federal dos EUA anunciou que disponibilizará "financiamento adicional" aos bancos norte-americanos para ajudar a garantir que as instituições tenham capacidade para satisfazer as necessidades "de todos os seus depositantes".
O Governo dos EUA garante que os contribuintes não vão assumir as perdas e que os depósitos vão estar totalmente acessíveis.
O SVB, com sede na Califórnia, anunciou na quarta-feira que estava a tentar realizar um aumento de capital para ultrapassar as suas dificuldades financeiras.
O anúncio levou muitos clientes a retirar os seus fundos e os reguladores encerraram o banco na sexta-feira por falta de liquidez. Posteriormente, o preço das ações da empresa entrou em colapso, o que, por sua vez, afetou o setor bancário em geral, tanto nos Estados Unidos como em outros países.
Wall Street segue no "verde" apesar das dificuldades de bancos regionais
A bolsa de Nova Iorque seguia esta segunda-feira positiva, com os investidores à espera de um abrandamento no ciclo de subida das taxas de juro da Reserva Federal, depois da turbulência causada pelo colapso do SVB.
Às 15.30 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones subia 0,89% para 32.179,03 pontos e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, avançava 1,37% para 11.291,77 pontos.
O índice alargado S&P 500 ganhava 0,73% para 3.889,97 pontos.
Os índices começaram por negociar com ligeiras descidas, mas recuperaram depois e voltaram a terreno positivo.
Pouco antes da abertura do mercado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os "americanos podem confiar na solidez do sistema bancário", após a turbulência causada pelo colapso, na sexta-feira, do banco californiano SVB.
Medina garante que sistema europeu é mais robusto
O ministro das Finanças afirmou, esta segunda-feira, em Bruxelas, que o sistema bancário europeu não é comparável ao dos EUA, sendo "mais robusto" e com "regras mais apertadas", deixando uma mensagem de tranquilidade que também foi passada pelo comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni. "Não há qualquer risco significativo", garantiu Gentiloni.