A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico sinaliza uma recuperação do desemprego de longa duração, mas em Portugal este grupo ainda representa mais de metade dos desempregados.
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No relatório "Perspetivas de Emprego 2016", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) volta a alertar sobre a situação dos desempregados de longa duração, que em Portugal no final de 2015 representavam uma fatia de 57,4% dos desempregados (59,6% em 2014), acima da média da OCDE de 33,8%.
A OCDE recomenda que os governos prossigam com os programas de ativação e apoio na procura de emprego para este grupo.
A organização também sinaliza a sua preocupação com outro grupo que é dos jovens pouco qualificados que não estão na escola, nem em formação, nem a trabalhar (os NEET, da sigla em inglês).
Em 2015, 14,6% dos jovens entre os 15 e os 29 anos estavam nesta categoria (13,5% em 2007, antes da crise) e, destes, 36% não terminaram o ensino secundário.
A OCDE pede para estes jovens "políticas efetivas" que os voltem a conectar com o mercado laboral e evitem que caiam na pobreza e marginalização.
A organização antecipa para Portugal que o número de pessoas empregadas recue 0,3% este ano, depois de ter avançado 1,1% em 2015, e avance 0,7% em 2017.
Segundo a OCDE, a taxa de desemprego em Portugal deverá terminar 2016 nos 11,9% (12,1% em 2015) e 2017 nos 11,3%.