O Presidente da República reagiu às críticas da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF considerou que o aumento do salário mínimo não tinha "racionalidade económica". Marcelo acredita que aumento é "razoável", avança a TSF.
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A proposta de aumento do salário mínimo nacional para 635 euros em 2020 por parte do Governo é "razoável", tendo em conta o "contexto português", esclarece Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado reagiu assim às críticas do CIP que, em entrevista ao Dinheiro Vivo e à TSF, sustentou que o aumento do rendimento base não tinha "racionalidade económica".
"O Presidente da República promulgou e ao promulgar disse que parecia razoável para o contexto português. Não mudo de opinião em 15 dias ou um mês", adianta Marcelo, citado pela TSF.
O secretário-geral da CGTP assegurou também este sábado que a posição da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), no que se refere à subida do salário mínimo, continua a pautar-se pelo erro e pela tentativa de manipulação.
"Essa posição do presidente da CIP não é nova, mas tem aqui uma nuance. Foi também a CIP que, há uns anos atrás, quando se falou na possibilidade de se aumentar o salário mínimo nacional, avançou com a visão catastrófica de que ia haver desemprego e encerramento das empresas", defendeu Arménio Carlos, em declarações à Lusa, à margem do encerramento do XII Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa (USL/CGTP-IN).
Para o líder da intersindical, apesar de a vida ter demonstrado que a CIP estava errada, a posição da confederação continua a pautar-se "pelo erro" e mesmo por "uma tentativa de manipular, mentir, enganar e criar uma situação de dramatização junto da opinião pública para tentar justificar o que não tem justificação".