A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou, esta segunda-feira, que "não há muito tempo" para a Grécia chegar a acordo com os credores, em declarações no final da cimeira do G7 na Baviera.
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"Não temos muito tempo e é preciso trabalhar bastante", disse Merkel em conferência de imprensa. "Agora cada dia conta para se fazer o que é preciso fazer", acrescentou.
O dossiê grego foi "um tema entre outros" nos debates dos chefes de Estado e de Governo, disse Merkel, adiantando que "não ocupou muito espaço".
"Todos os que estavam à mesa querem que a Grécia fique na zona euro", afirmou a chanceler, mas a "solidariedade dos europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) exige que a Grécia adote medidas e faça propostas".
Merkel confirmou que terá oportunidade de falar de novo com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na quarta-feira em Bruxelas, à margem da cimeira da União Europeia com a América Latina.
A Grécia está desde fevereiro em negociações com a Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu (BCE) para obter financiamento em troca de reformas que terá de adotar. Este financiamento é considerado vital para Atenas cumprir as suas obrigações financeiras.
"O prazo para cumprir o pagamento de obrigações termina no fim de junho, mas nada impede que se ande mais depressa e isso seria do interesse da Grécia", disse, por sua vez, o Presidente francês, François Hollande, após a cimeira que decorreu na Alemanha.