A ministra das Finanças defendeu sábado, no Cadaval, a redução dos impostos e a reposição dos cortes salariais da Função Pública "de forma gradual" nos próximos quatro anos e não já em 2017, como propõe o PS.
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"Quando olhamos para os próximos quatro anos, vemos que temos condições reais para melhorar as condições de vida das pessoas, a reduzir o desemprego, a reduzir os impostos com a redução gradual da sobretaxa de IRS, com a reposição dos rendimentos dos trabalhadores do setor público", defendeu Maria Luís Albuquerque.
Contudo, ao contrário do PS, que propõe a reposição integral dos salários e o fim da sobretaxa do IRS já em 2017, a governante afirmou que a coligação PSD/CDS-PP pretende fazê-lo "gradualmente" nos próximos quatro anos.
"Se fizermos depressa demais, mais cedo ou mais tarde a situação agrava-se e tem de se tirar outra vez e os portugueses não merecem isso", justificou.
Maria Luís Albuquerque falava durante um jantar com militantes da distrital Oeste do PSD, no concelho do Cadaval.
Referindo-se ao PS, cujo líder António Costa traçou como prioridade a criação de emprego na próxima legislatura, se ganhar as próximas eleições legislativas, a ministra das Finanças disse que, para o governo de direita, tem "naturalmente" a mesma prioridade.
Mas, como "quem cria emprego são as empresas", o PSD/CDS-PP preconiza que é necessário "criar-lhes condições" para isso, desde logo "baixar a carga fiscal", a começar pelo IRC, "para que as empresas tenham melhores condições para criar emprego".
Continuando a apontar diferenças entre programas políticos, Maria Luís Albuquerque criticou o PS por querer diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social para criar emprego.
"Diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social é aumentar impostos para as empresas. Não tenhamos ilusões", defendeu e continuou, questionando "como é possível pagarem mais impostos e criarem mais emprego".
Lembrando os 150 mil empregos prometidos pelo Governo anterior, a governante considerou que "o emprego não se cria assim", mas antes "aliviando o fardo sobre as empresas, criando confiança, fazendo com que o Estado não gaste mais do que aquilo que é indispensável e poupando naquilo onde se gasta muito."
Maria Luísa Albuquerque encerrou a academia de formação da JSD/Oeste.