A opção pela energia nuclear é uma questão que não se coloca neste momento, disse o ministro da Economia e Obras Públicas, Álvaro Santos Pereira, no dia em que um conjunto de personalidades apresentou um manifesto a defender esta alternativa energética em Portugal.
Corpo do artigo
Essa questão "não se coloca neste momento" porque temos um excesso de produção energética, disse o ministro Álvaro Santos Pereira, ressalvando que, vivendo num país democrático, é um assunto que pode ser sempre discutido.
Esta quarta-feira, meia centena de personalidades do sector da energia, como Alexandre Relvas, António Cardoso e Cunha, Francisco Van Zeller, Henrique Neto, João Salgueiro, Borges Gouveia, José Ribeiro e Castro, José Veiga Simão, Mira Amaral, Valente de Oliveira, Miguel beleza, Miguel Cadilhe, Mira Amaral e Pedro Sampaio Nunes, apresentam um manifesto que defende a análise da introdução do nuclear em Portugal.
No manifesto, a que a Agência Lusa teve acesso, os signatários referem que há que tomar decisões fortes para que não exista "um aumento brutal das tarifas" de electricidade no próximo ano, em consequência da política seguida pelo Governo de José Sócrates.
Adiantam ainda que a mudança de Governo entretanto ocorrida levou a que fosse preparado "um novo documento, que pretende abordar uma incontestável ameaça para as contas nacionais, designadamente a factura decorrente da elevada dependência energética do país".
Este manifesto segue-se a um primeiro apresentado a 7 de Abril de 2010 e um segundo divulgado a 12 de Abril de 2011.