O ministro da Economia e da Inovação reiterou que a harmonização do horário de funcionamento do comércio, com as grandes superfícies a poderem abrir ao domingo à tarde, veio corrigir "uma situação que não permitia uma concorrência sã".
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"A lei dizia que com 2.001 metros quadrados tem que fechar e com 1.999 pode abrir", explicou Vieira da Silva, considerando que "era uma situação que não correspondia à racionalidade económica e não permitia uma concorrência sã".
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Economia rejeitou as críticas dos parceiros que dizem que não foram ouvidos sobre o alargamento do horário de funcionamento das grandes superfícies - com mais de dois mil metros quadrados - ao domingo, passando estes estabelecimentos a poder funcionar todos os dias das 6 horas às 24 horas.
"O Governo vai discutir em sede de concertação, mas esta é a nossa opção. Não ouvir nesta questão é algo impossível, porque tem sido discutida há muito tempo", disse Vieira da Silva à margem da assinatura do contrato no âmbito do sistema de incentivos do QREN com a Têxteis J.F. Almeida, em Moreira de Cónegos, Guimarães.
"A decisão de alterar o decreto-lei vem ultrapassar a situação em que existia um conjunto de grandes superfícies que estavam abertas e outras por terem uma dimensão um bocadinho maior eram obrigadas a estar fechadas", acrescentou.
De acordo com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) a decisão de harmonizar o horário dos estabelecimentos comerciais vai criar cerca de 8.000 empregos directos e indirectos, que na sua maior serão estáveis (71%).