O ministro do Interior grego afirmou esta quinta-feira ser "bastante provável" que a Grécia seja forçada a eleições antecipadas até setembro, após divergências entre deputados do governo sobre o novo resgate acordado.
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"Eleições serão muito provavelmente realizadas em setembro ou outubro, dependendo dos desenvolvimentos", declarou Nikos Voutsis à rádio grega Sto Kokkino, citada pela agência France Presse.
O parlamento grego aprovou uma série de medidas exigidas pelos credores como condição para desbloquear o novo plano de resgate aceite pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras.
Mas muitos parlamentares do Syriza, o partido de esquerda que lidera o governo grego, recusaram aprovar os termos do acordo, que segundo a AFP são considerados humilhantes por muitos gregos.
A proposta foi eventualmente aprovada pelo parlamento, depois de receber o apoio dos partidos conservadores, socialistas e pró-europeus na oposição.
Na segunda-feira, Atenas chegou a acordo com a União Europeia (UE) para um terceiro resgate de até 86 mil milhões de euros, garantindo em troca implementar aumentos de impostos, cortes nas reformas e privatizações.
Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego desde a vitória do Syriza nas eleições em janeiro, continua popular entre a sociedade grega.
Analistas citados pela AFP garantem que o governante poderá sair fortalecido após novas eleições, o que lhe permitiria afastar os membros do seu partido mais inconformados e aplicar as reformas acordadas.