A Nissan planeia vender o seu novo carro eléctrico, que poderá ter baterias feitas numa fábrica portuguesa, por um preço semelhante ao compacto Tiida, que em Portugal se vende a partir de 18.450 euros.
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O novo carro, com o nome "Leaf" (folha, numa tradução do inglês), foi apresentado em Yokohama na madrugada de hoje, domingo (hora de Lisboa), e deverá chegar aos mercados japonês, europeu e norte-americano no próximo ano.
O designer do Leaf, Shiro Nakamura, disse que o carro foi desenhado propositadamente para evitar um design futurista e estereotipado.
"Este não é um carro para certos nichos", disse Nakamura. "Não o fizemos com um aspecto invulgar. Tinha de ser um verdadeiro carro", acrescentou.
Não está ainda definido um preço exacto para o novo modelo, quer para o Japão quer para o resto dos mercados.
No entanto, a Nissan prometeu que o Leaf, que deverá começar a ser produzido em massa a nível global em 2012, terá sensivelmente o mesmo preço que um carro a gasolina como o Tiida, que de acordo com a página da Nissan portuguesa se vende em Portugal a partir de 18.450 euros. A versão mais cara em Portugal é o Tiida Tekna, com um preço a partir de 21.625 euros.
O Leaf tem uma autonomia de 160 quilómetros com uma única carga de bateria, reiterou a Nissan.
O construtor automóvel prevê uma produção anual inicial de 50 mil unidades na sua fábrica de Oppama, em Yokohama, incluindo os modelos para exportação.
O presidente executivo da Nissan, Carlos Ghosn, foi o primeiro a conduzir o carro para fora das instalações da fábrica, com o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, ao seu lado e o governador e o presidente da câmara de Yokohama no banco de trás.
"Este carro representa um grande avanço. Abre uma nova era da indústria automóvel", disse Ghosn.
"O 'Leaf' é totalmente neutro para o ambiente: não tem escape, nem nenhum mecanismo que queime gasolina, apenas a calma e eficiência energética dos 'packs' de baterias de iões de lítio feitas por nós", acrescentou Ghosn.
As baterias para este novo modelo vão ser fabricadas em Portugal e Inglaterra, os dois países escolhidos para a instalação de fábricas.