<p>Os primeiros modelos da Nissan deverão chegar a Portugal no início de 2011, mas a rede está aberta a veículos eléctricos de outras marcas. O protótipo será um carro familiar com autonomia para 160 quilómetros.</p>
Corpo do artigo
Diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, combater o endividamento externo e melhorar o ambiente são os objectivos que levaram o Governo a lançar a rede nacional de carregamento para veículos eléctricos. "Queremos que o país esteja na linha da frente da mudança tecnológica que está em curso na área da energia e dos veículos eléctricos", afirmou José Sócrates, durante o lançamento da rede nacional de carregamento para veículos eléctricos feito ontem pelo Governo, o Mobi-E.
O motor de arranque para o de-senvolvimento da construção desta rede foi a aliança com a Renault Nissan, no entanto a rede vai servir todas as marcas de veículos eléctricos que venham a surgir no mercado. De acordo com o vice-presidente da Nissan, os primeiros carros chegarão ao mercado nacional na Primavera de 2011. "Será um carro familiar, com cinco lugares, bom desempenho graças à sua motorização eléctrica e com preços competitivos relativamente a veículos convencionais equivalentes", afirmou Carlos Tavares. O novo veículo terá uma velocidade máxima na ordem dos 145 quilómetros/hora e uma autonomia de 160 quilómetros. Quanto ao custo total, de compra, manutenção e utilização "será inferior ou igual ao custo de um veículo convencional", disse o mesmo responsável.
Apesar de o Governo ter apresentado a Nissan como parceiro na mobilidade eléctrica, a Mitsubishi poderá ser o primeiro a usufruir da rede. Sem qualquer tipo de contacto por parte do Governo para aderir ao conceito, o concorrente nipónico não se deixou intimidar, e vai trazer para Portugal o i-MiEV já em 2010. "Seremos o primeiro construtor a nível mundial a comercializar um veículo eléctrico de produção em série", afirmou, ao JN, fonte oficial da empresa. O Smart de quatro lugares irá ser comercializado no Japão, já em Julho, e serão produzidas 1400 unidades até Março.
Os construtores prometem carros a preços competitivos, mas na fase de arranque, os veículos podem ser mais caros que os convencionais. Como forma de despertar o consumidor para a utilizaçãodo carro eléctrico, o Governo criou um conjunto de benefícios que facilitam a aquisição do veículo. Entre eles estão a isenção de imposto sobre veículos e de imposto único de circulação, deduções fiscais pela compra do veículo, criação de zonas preferenciais de estacionamento. O projecto prevê ainda que os proprietários dos carros venham a ter um cartão pós-pago associado ao carregamento dos seus automóveis. O cartão, desenvolvido pela Efacec, será responsável por registar os consumos de electricidade e debitá-los na conta bancária dos proprietários.